Concepções de Infância e imaginação: O Menino Maluquinho, o livro e o filme

05/08/2015 11:51

O livro "O menino maluquinho" foi lançado em 1980. Num país onde as tiragens são, em média, de 1.500 exemplares, a inicial, de 5.000 exemplares, esgotou-se no primeiro dia. Em 1981 recebeu o mais importante prêmio voltado à literatura infantil no Brasil. Hoje, o livro conta com mais de 2,5 milhões de unidades vendidas, além de estar parcialmente disponível para leitura on-line. 1 Já foi adaptado para o teatro, virou ópera e dele derivaram dois longas-metragens. Neste momento, está chegando à televisão brasileira. Em maio de 2006, numa pesquisa sobre os melhores livros infantis, O menino maluquinho aparece entre os dez mais citados pelos especialistas da área. 2 Ziraldo, autor do livro, nasceu em 1932 no Estado de Minas Gerais. Jornalista por profissão, já escreveu e ilustrou mais de 120 obras. Contista, teatrólogo, jornalista, cartunista, publicitário, cartazista, criador multimídia, ele também foi fundador do Pasquim, jornal que, por meio do humor, contestava a censura imposta pela ditadura militar brasileira nos anos 60/70. Este texto pretende problematizar, tendo como base o livro e o filme O menino maluquinho, a importância que a imaginação assume para a constituição da identidade da criança e o papel desta como sujeito produtor de cultura. A análise feita encaminha-se para uma perspectiva dialética que busca perceber a imaginação tanto como possibilidade libertária quanto de aprisionamento no espaço de si mesma – dependendo, essencialmente, do envolvimento que se estabeleça entre ela e o real.

Gladir da Silva Cabral, Celdon Fritzen, Maria Izabel Leite e Renata Grassiotto

 

meninomaluquinho_gladir.pdf (142020)

 

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