
Quem são os "Anônimos da Arte"?
Histórico do grupo
O grupo de teatro Anônimos da Arte começou em 2008, nas aulas de Educação Física do Centro Educacional Professor Reinaldo Anderlini (CEPRA) em Botucatu. Atualmente, o colégio paga o salário da professora responsável pelo grupo – Sandra Mezzena – embora o Anônimos tenha se tornado independente, recebendo integrantes de outras instituições e da comunidade, e não recebendo nenhum tipo de ajuda de custo na montagem dos espetáculos.
No primeiro semestre de 2008 não houve nenhuma montagem, pois as aulas eram curtas e dedicadas a jogos teatrais. Devido ao sucesso dessa experiência, a direção da escola abriu duas turmas fixas, divididas por idade e fora da grade curricular. Então, partindo dessa nova realidade, no segundo semestre foram apresentadas “Meu doce namorado” e “A Verdadeira História de Cinderela”, pelos mais novos, e “Deu a louca nos contos de fada”, pela turma dos nonos anos e colegiais.
Em 2009, as duas turmas voltaram a se apresentar na Escola Aberta, um evento organizado pelo CEPRA com o intuito de integrar escola, pais e alunos. Os mais velhos encenaram “O mágico de Oz”, enquanto os mais novos apresentaram “Outra vez os três porquinhos” e, o anterior sucesso com as crianças, “Meu doce namorado”.
Em 2010, o grupo adquiriu sua independência quanto ao local de ensaio, mudando-se para o Centro de Lazer Nova Aurora, cedido pela diretoria do local, e onde há um palco, que deixa os ensaios mais dinâmicos. Ainda no primeiro semestre desse ano, o Anônimos participou do Festival de Dança da UNIFAC no Teatro Municipal Camillo Fernandez Dinucci. O tema foi “O mundo encantado do Circo”, propiciando aos atores uma experiência nova, já que nunca haviam se apresentado em um grande teatro, e a chance de viver papéis como o Mágico e sua Assistente, a Bailarina, o Palhaço e a Nega Maluca.
Ainda nesse ano, mais precisamente em dezembro, foram apresentadas duas peças: “Chapeuzinho Vermelho” por aqueles com idade inferior a 14 anos e “Casos e Acasos – uma comédia de relacionamentos” pelo grupo com idade superior. Essa última era composta pela peça “Lua Nua” de Maria de Lourdes Torres de Assunção e várias cenas da “Comédia da Vida Privada” de Luis Fernando Veríssimo.
Esses espetáculos foram beneficentes (a entrada era um pacote de doce) e sua arrecadação foi revertida para um projeto assistencial do bairro Marajoara, em Botucatu. No dia da entrega dos doces, os integrantes do grupo apresentaram “Chapeuzinho Vermelho” e ministraram pequenas oficinas de teatro, além de oferecer um almoço e presentes de Natal para as crianças carentes do local, em parceria com uma empresa privada de Botucatu.
Para 2011, juntaram-se as duas turmas devido a necessidade de um elenco maior para a montagem do musical “A Bela e a Fera”, tema do projeto para esse ano.
Em junho, o novo grupo participou do Festival de Dança da UNIFAC, cujo tema era “Uma dança para recordar”. Abrindo o festival, o Anônimos apresentou a primeira cena do musical. Apesar de curta, foi uma das coreografias mais comentada do Festival.
Em agosto, após as férias, o projeto inicial foi substituído por falta de atores. A partir de então, começou o trabalho sobre o texto “O vestido de noiva” do Nelson Rodrigues. Enquanto refletiam sobre a nova montagem, apresentaram-se na formatura da Escola Infantil Bebê a Bordo, nas figuras de “Um Palhaço Ladrão de Muié”, dois Mágicos Trapalhões, um Mestre de Cerimônias e suas Dançarinas e ajudantes.
Entre tantos textos trabalhados e conciliando o tempo dos alunos por causa dos vestibulares e provas de final de ano surgiu “Pseudônimo”, uma junção de todas as peças já apresentadas, uma reflexão sobre os anônimos de todos os dias, uma retrospectiva das experiências e sentimentos de cada ator em cada personagem.
Tudo isso intercalado pelo Jornal que havia sido ensaiado para “O vestido de noiva” e aperfeiçoado na oficina de vídeo com Conrado Caputo, oferecida pelo projeto Ademar Guerra. O Diário, como foi denominado o jornal, começava informando o atropelamento de Alaíde Moreina perto do relógio da Glória - a entrada das cenas de Nelson Rodrigues - e terminava convidando os telespectadores para assistirem ao Corujão com o filme “A Bela e a Fera” - a entrada das cenas do musical que tinham sido trabalhadas no primeiro semestre e encerravam a peça. Foi o trabalho mais marcante do grupo, com um público que superou nossas expectativas.